Todos os dias, em casa, na rua, no trabalho, lidamos com diferenças culturais, étnicas, sexuais, enfim, um grande leque de possibilidades cabíveis aos seres humanos. Contudo, é inegável que essas diferenças acabam se manifestando de maneira muito mais intensa nas escolas, onde a formação das identidades se dá mediante padrões pré-estabelecidos, formatados em modelos eurocêntricos, heterossexuais, segregando outras possibilidades de ser. Crescemos ouvindo uma única história sobre o Brasil, sobre a humanidade, sobre o mundo. E nessas histórias já estão embutidas as relações de poder que um povo tem sobre outros, que uma cultura tem sobre as outras. E infelizmente, a maioria de nós, educadores, acabamos reproduzindo esses modelos que nos foram passados sem a necessária reflexão.
Hoje não é raro ouvir e ver manifestações em favor da diversidade, considerando que somos frutos de um mix cultural entre diferentes povos e raças, o que até somos. Mas o que importa não é apenas reconhecer que as diferenças existem, mas sim refletir sobre como podemos lidar com a diversidade sem instituí-la como fatores determinantes das desigualdades, continuando a naturalizar a supremacia dos brancos sobre os negros e indígenas, dos heterossexuais sobre os homossexuais, transexuais, etc., dos sulistas sobre os nordestinos, da ciência sobre o saber popular, dos ricos sobre os pobres e tantas outras hierarquias que acabam limitando o acesso de grande parte da população de exercerem seus direitos, sobretudo o direito a liberdade de ser quem são.
Este vídeo, dividido em duas partes, é muito interessante para que possamos refletir, sobretudo nós, educadores, sobre que verdades estamos mostrando aos nossos alunos.
Abraços em todos e bons dias!
Isa Lacerda.
Isa Lacerda.
Eu, como um educador em formação, vejo nisto um dos maiores problemas das desigualdade social hoje. Os modelos pré-estabelicidos e que a maioria de nós usamos para formar pessoas é um modelo que privilegia os mais ricos, e mostra nossa cultura apenas como um galho de uma árvore maior chamada Europa. É bom que todos os nossos valores sejam revistos e que saibamos lidar com a diferença cultural, pois o Brasil tem esta enorme diversidade. Precisamos vê, primeiro depois revê para depois tocar neste assunto.
ResponderExcluirOi, Isa
ResponderExcluirA história que estudamos é sempre contada pelo lado vencedor. Eu sempre fico pensando na quantidade de fatos que deixam de ser revelados nesse processo. Me identifiquei com o ponto de vista da autora.
Obrigado por compartilhar esses vídeos. Muito bons \0/
Bjs
IsaBele,
ResponderExcluirUm belo texto, no qual se pode avaliar o estado comportamental de uma sociedade em rápida transformação, onde os valores vigentes se questionam todos os dias!
Beijos!
AL
Excelente texto, Isabele. A mudança de paradigma é muito salutar. Manter a mente aberta é a atitude acertada. A experiência contada pela Professora Nigeriana é muito interessante e sintonizada com o texto.
ResponderExcluirUm forte abraço.