Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.
Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.
Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou o que é muito pior por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.
(Caetano Veloso)
Isabele querida,
ResponderExcluirQue maravilha essa sincronicidade percebida de você com Adrianne, boas alusões às leituras múltiplas e dentre elas o livro, aos desejos de saber com muito sabor e encanto, misto de amor, distanciamento, proximidades, toques e voos desatinados, estrelas do céu e do mar... profundidades diferentes entrelaçam-se. Bom reler Caetano nessa tua inspiração e releitura. Domingo melhor!!!
Beijinhos Afetuosos!
...e que estante colocastes
ResponderExcluiraqui num instante!
bj, alma linda!
hum,
ResponderExcluircheiro de bom viver
nesses livros
que asas batem
te adoro,
e saudades!
fique com Deus!