Há algum tempo a Dri Ogêda, colega queridíssima do blog MEVITEVENDO, vem me convidando para participar do Desafio Literário. Trata-se de um incentivo muito bacana para atualizar leituras e variá-las, de modo a conhecer diversos gêneros e títulos, e ainda conhecer as impressões sobre outras leituras dos colegas participantes. Dentre as regras está ler pelo menos um livro por mês, que deverá ser escolhido de acordo com o tema que o desafio propõe, e ao final de cada leitura escrever uma resenha ou comentários sobre a obra lida e publicar no seu blog.
Pensei em participar do desafio este ano, mas diante de várias leituras me esperando nas minhas prateleiras (e a maioria não está de acordo com os temas propostos para este ano), e também por eu estar mega enrolada terminando uma especialização, iniciando outra, e ainda finalizando um outro trabalho que está sendo difícil, preferi deixar para o ano que vem, não por causa das leituras, mas devido o compromisso de fazer a resenha, e escrever não tem sido nada fácil. Então, pra não ficar totalmente em dívida com o convite da Dri, este ano vou tentar escrever sobre alguns livros que eu ler e achar interessante, porém sem nenhuma regra ou prazos a cumprir. Mas acho o desafio muito interessante, e quem quiser conhecer e participar clique aqui e boas leituras!
Vou começar então deixando pra vocês um trecho de um livro que eu estou começando a ler, e que resolvi comprá-lo após a leitura deste pequeno capítulo que descreve o beijo de uma forma tão bonita, que ainda não li outra melhor. O livro é “O jogo da amarelinha”, um romance de Cortázar.

Tu me olhas, de perto tu me olhas, cada vez mais de perto e, então, brincamos de cíclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, aproximam-se, sobrepõem-se e os cíclopes se olham, respirando indistintas, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem com um perfume antigo e um grande silêncio. Então, as minhas mãos procuram afogar-se nos teus cabelos, acariciar lentamente a profundidade do teu cabelo enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragrância obscura. E, se nos mordemos, a dor é doce; e, se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu sinto você tremular contra mim, como uma lua na água.”
(CORTÁZAR, Júlio. In: O jogo da amarelinha. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2009, p.45)
Um beijo e uma linda semana a todos!
Um beijo especial ao Rômulo.
...este post, esta partilha
ResponderExcluirfoi como um beijo nas paredes
do encanto.
beijos, querida linda!
Agradecida pela participação no significantes! Te seguindo aqui.
ResponderExcluirGostei muito daqui.
ResponderExcluirBeijos.
gostei da dica, vou lá ver, gostei também do conto que vc escolheu
ResponderExcluirPoxa só por este trecho, já vi que vou amar e vou ler sim amiga.
ResponderExcluirObrigado por compartilhar.
Bjos achocoaltados
Isabele!!!
ResponderExcluirTenho certeza que vamos ficar com bastante água na boca advinda das leituras que estima.
A sede de ler fomentará nossas releituras!
Abraços interlocutores!