quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Do sonho

Ele disse que não gostava de sonhar. Sonhos não eram vantajosos em nada: se fosse ruim, era angustiante; se fosse bom era apenas um sonho. Até Drummond deu lá suas espetadas nessa nossa mania de sonhar, quando disse que nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Ora, se nossa dor advém dos sonhos irrealizados, o contrário também pode ser verdade. Talvez seja por isso que, em geral, as pessoas não deixam de sonhar, de acreditar nos outros, enfim, de sonhar com uma realidade mais bonita. Se sonhar às vezes dói, outras vezes é carinho, afago com gostinho de esperança. Drummond, esse lindo, também disse que fácil é sonhar todas as noites, difícil é lutar pelo sonho, e como! Para lutar é preciso antes acreditar no sonho, é preciso não ter medo dos pesadelos que possam surgir, e é preciso sobretudo, deixar de apenas sonhar e colocar a mão na massa! O moço estava enganado. Sonhar não pode ser apenas um sonho, sonhar mexe com a gente.

2 comentários:

  1. Moça,

    Eu falo muito de sonhos, pois acredito que muitos sonhos são proféticos (a maioria precisando apenas de interpretação), mas eu não gosto muito de sonhar acordada. Eu sonho, confesso, não resisto, é bom soltar as amarras, mas prefiro pensar só até amanhã e planejar só até amanhã.

    O gostinho da surpresa, do inusitado é ótimo!

    Agora, quando me proponho a seguir um sonho, aquele que sonhei de olhos abertos, eu faço tudo que preciso for para que se concretize.

    Resumindo, é a velha história, nem tanto ao céu, nem tanto à terra.

    Bjs!

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  2. sonhar é bom! só temos que saber também realiza-los.

    beijo!

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