quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um peso, duas medidas.

Eu sei que viver, às vezes, dói. E não dói pouco não, temos “enes” motivos pra nos entristecermos todos os dias. Basta acordar e ligar a televisão. Ou abrir os jornais. Ou sair à rua. Mas o que eu percebo é que na maioria das vezes estamos tristes por outros motivos “menores”. Não são sempre as grandes dores do mundo que nos entristecem diariamente. Nossas dores internas, pessoais, são sempre as mais urgentes, as mais sofríveis, por menores que sejam. Basta uma coisinha mínima não ser do jeito que gostaríamos, e já se torna motivo de tristeza. Então porque não basta uma coisinha mínima dar certo para que nos tornemos felizes?

12 comentários:

  1. Porque só a pessoa sabe o tamanho de sua dor. Não nos cabe medir a dor dos outros. Eu, por exemplo, soube lidar melhor com a morte dos meus pais do que com a descoberta da hipocrisia e da maldade ao meu lado, dando-me abraços. Machuca demais perceber o quanto somos ruins às vezes e como gerenciamos o discurso de modo a sempre nos trazer benefícios, segundo os critérios terríveis que estabelecemos para julgar o que é ou não benéfico...

    R. Russo sintetiza a minha prolixidade: "viver é foda; morrer é difícil".

    Feliz Dia de Sta. Margarida Madalena. Ninguém sabe que hoje é Dia de Sta. Margarida Madalena. Mas todo dia é dia de alguma coisa, não é?

    Amizade não se mostra no Dia do Amigo. Amizade se comprova com atos, no cotidiano, na luta brava das cidades, um querendo engolir o outro a todo tempo!

    Você, Isabele, para mim é muito mais que uma amiga! E lhe dou os parabéns; não pelo Dia do Amigo, mas por vc ser quem vc é.

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  2. Mas é ai que consiste a verdadeira felicidade...
    Encontrar felicidade nas pequena coisas. Belo texto viu?

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  3. Obrigada pela sua resposta, Fernando. E obrigada também pelo seu carinho!

    E feliz dia todos os dias pra você. É o que desejo aos meus amigos. E parabéns também pela pessoa queridíssima que você é. Você merece!

    Abraço!


    Pois é, Sandra. Às vezes acho que somos exigentes demais para a felicidade...

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  4. Oi, Isa

    Excelente reflexão! Ainda não tinha pensado por esse ângulo, mas você tem razão. Acho que isso acontece porque esperamos que a felicidade seja algo constante em nossas vidas e acabamos não dando valor às pequenas coisas. Parece que o ser humano precisa estar sempre de uma alegria maior do que simplesmente viver e aproveitar a vida.
    Tenho certeza que essa pergunta vai ficar martelando um tempo na minha cabeça.

    Bjs

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  5. Tudo vale a pena, nesta vida, até mesmo as dores, quando a alma não é pequena!
    As aprendências nos metamorfoseiam em sais de banho ou pequerruchas estrelas, estágios planetários e cósmicos...

    Lembrei de um trecho de Schopenhauer, em "As dores do mundo", combinando com sua reflexão:
    “Se a nossa existência não tem por fim imediato a dor, pode dizer-se que não tem razão alguma de ser no mundo. Porque é absurdo admitir que a dor sem fim, que nasce da miséria inerente à vida e enche o mundo, seja apenas um puro acidente, e não o próprio fim. Cada desgraça particular parece, é certo, uma exceção, mas a desgraça geral é a regra".
    Um grande abraço!

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  6. Parece que temos mesmo esse olho que vê a dor com sentidos aguçados... bjos

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  7. Oi Isa, realmente, muitas das vezes algo que não é tão importante acaba virando uma calamidade, e sempre quase nos esquecemos de ver que muitas das vezes isso pode ser revertido para o lado bom.

    Beijos

    Leo

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  8. Parece que você concentrou tudo o que estou sentindo no momento e colocou nas suas palavras! Estou mesmo procurando a felicidade em pequenas coisas. Espero alcançá-la logo.
    Abraços!!!

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  9. Oi, Isa

    Onde escrevi: Parece que o ser humano precisa estar sempre de...Leia-se: Parece que o ser humano precisa sempre de uma alegria maior do que simplesmente viver e aproveitar a vida.

    Mudando de assunto, recebi também o Selinho Fabuloso da Maria do Rócio. Como o selo se chama originalmente "Mulheres Fabulosas", também indiquei você. Não faltam motivos para isso. Assim que puder (e se quiser), coloque no seu blog.

    Abraços e um excelente fim de semana.

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  10. Como bem disse a Adriane, nossos sentidos são por demais aguçados às dores. Sofrer é uma característica humana que nos torna ainda mais humanos, e como disse a Rocio, as dores realmente valem a pena, se alma for grande. Mas penso que devemos também aguçar nossos sentidos às belas pequenezas que podem também nos fazer seres mais felizes, mais gratos pela vida.

    Penso que somos criteriosos demais com nossa felicidade, e desleixados demais para as tristezas.

    Beijo em todos e obrigada pela participação!

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  11. isabele,
    viver é isso: saber pintar na dor um sorriso... este talento aprendemos com o tempo, pouco a pouco... e você me faz pensar no bem!

    um cheiro,
    beijos

    fique com Deus!

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  12. Pois é. Costumo tentar me consolar quando penso a respeito da oportuníssima questão proposta, assumindo que o meu EGO é do tamanho do universo. E que em 97,9 % da população o volume dos EGOS é proporcional ao meu. As exceções são Cristo, Gandi, Buda, Madre Teresa de Calcutá... o gari Renatinho Sorriso e uns poucos outros iluminados.

    Bem (continuo elocubrando), mas se acrescentei gente comum na lista dos iluminados, significa que EGOCENTÉRRIMOS como a imensa maioria tem solução. Iluminêmonos.

    Beijos. Gostei daqui.

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