segunda-feira, 12 de julho de 2010














Porque ela vai chegando sem perceber,
e sem perceber vai se espalhando,
e sem perceber vai perdendo seu jeito pousado,
e quando percebe já ocupou todos os cômodos.

Ela quer se recolher,
mas sem perceber roda a saia,
sem perceber solta a fita,
e quando percebe está na dança.

Ela nem sabe dançar,
mas sem perceber o corpo balança,
sem perceber seu par a alcança,
e quando percebe acabou a dança.

E assim,
sem se dar conta
ela parte.

3 comentários:

  1. Isabele,

    Estou cá pra te convidar para a blogagem coletiva: “Tempos de criança”, em virtude do aniversário de dois anos do meu blog. A intenção é narrar livremente imagens, memórias e impressões da infância, e no quanto isso foi importante para sua vida. Pode ser em poema ou prosa, como preferir...
    Quero comemorar em grande estilo com a participação de todos no dia 16 de Julho (sexta-feira) a partir das 9h00 da manhã. Muito obrigado, e espero sua confirmação até quinta para expor na minha página os endereços dos respectivos blogs integrantes.

    Abraços e beijos,
    Do menino-homem

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  2. Isabele,

    Quando a gente escreve com o sentimento saindo pela culatra é assim, esse seu texto está maravilhoso, menina linda.

    Beijo imenso.

    Rebeca

    -

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