sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bom e Gostoso

(Por Karina dos Santos)

De manhãzinha, logo que você acorda… É bom tentar. É bom porque tira você da moleza da noite e dá aquela energia pra começar o dia com um sorriso daqueles. Pode ser um pouquinho antes de sair pro trabalho, no meio daquela correria… Meio apressadinho, talvez em cima da mesa do café da manhã ou encostado no sofá da sala. Aí também fica bom. Durante o trabalho, não é muito recomendável; mas se for na hora do almoço, depois de ter ido ao restaurante… É uma delícia! Em alguns dias, durante o expediente da tarde, também pode ser maravilhoso… Até mesmo no local de trabalho, se você der uma escapadinha pra uma sala vazia, um elevador parado ou mesmo no banheiro. Sempre com a porta fechada e aquele cuidado, claro, principalmente se o chefe for bravo e os colegas de trampo, invejosos. Ao chegar em casa… Também pode ser bom, antes, durante ou depois daquele banho. Agora, bom mesmo, gostoso, delicioso, é um pouco antes de dormir, depois do jantar. Devagarinho, com disposição… Aí não tem pra ninguém. É bom demais.

Tem gente que prefere e defende fazer sozinho. Tem quem faça a dois. E há mesmo quem faça a três, quatro ou mais. Normalmente, as pessoas têm ciúme e preferem fazer com um número de envolvidos reduzido ao máximo mesmo. Particularmente, não gosto de dividir o que é meu com ninguém mais. Mas não vamos condenar quem gosta… O fato é que todo mundo, de um jeito ou de outro, mais ou menos, querendo ou não, evitando ou não… Um dia, acaba fazendo. Tem quem prefira se envolver com um de confiança, conhecido, com quem tem um contato longo e duradouro, e é fiel a esse até o fim. Tem quem prove qualquer um, sem distinção. E tem quem seja um pouco seletivo, e experimente algo diferente aqui e ali, mas sempre volta para o de sempre. Gosto, inclusive nisso, não se discute. E muito menos se lamenta.


Claro, tem inúmeros jeitos e lugares de fazer. Sentado. Em pé, encostado perto da janela. Deitado. De lado. De frente. De costas. Na sala, no quarto, no banheiro, na cozinha, no quintal, dentro do carro. No cinema, no motel, no mato, na rede, em frente a TV, atrás do armário, no cantinho do escritório. Tem quem curta se exibir bastante, abertamente, matando todo mundo de vontade. Tem quem faz escondido. E quem faz discretamente. Tem quem consiga de graça. Tem quem pague caro. E tem quem ganhe de presente, como prova de amor ou carinho. Tem quem faça uma vez por mês, ou por ano, e quem fica anos sem fazer. E tem quem faça sempre, toda hora, todo dia.

Tem quem faça com carinho, devagarinho, sentindo cada momento. Tem quem faça rápido, com voracidade, e aquela vontade quase animalesca.

E na hora de escolher a parceria? Nossa, é uma luta. Sim, porque o jeitinho pode ser de todo jeito, tem pra todo gosto. Comprido, fino, grosso, mais achatado, mais arredondado, maior, menor, bonito, feio, limpo, sujo, cheiroso, sem graça, de boa e de má qualidade. E dá pra achar em qualquer lugar, desde a porta do cinema até a internet. E fica bom com sorvete, com bebida, com fruta, com leite condensado, com creme de morango, com doce de leite, com goiabada, com vinho, com leite gelado. Tem de consistências, cheiros, aparências, temperaturas, gostos e apresentações inúmeras! E, sempre que a gente escolhe só um, fica pensando como seria se tivesse escolhido aquele outro…

Tem quem demore bastante fazendo. Tem quem faça rapidinho, quase sem sentir o gosto. Pra alguns, o que importa é a quantidade. Pra outros, a qualidade. De qualquer jeito, o apelo está em todo lugar, a toda hora. Na TV, no rádio, na internet, na rua, nos outdoors. Quem faz, fica com cara de satisfeito. E, no fundo, quer sempre mais. Porque é bom! Bom e gostoso. Tem até quem diga que é um pecado capital, e quem diga que o exagero pode causar sérios problemas de saúde. Tem cientistas que explicam as milhares de reações químicas que são desencadeadas a partir desse simples ato, e dão aquela sensação imensa de prazer. A indústria criou milhares de produtos para estimular e incrementar o ato. E nós, o que podemos fazer? Sucumbir, claro.

Tem quem seja obscecado, tem quem goste muito, tem quem goste pouco, tem quem quase não lembra do assunto, tem quem faça por vício ou obrigação.

Eu penso nisso quase sempre, todo dia. E pelo menos uma vez por dia tenho que fazer. Me deixa calma, tranquila e com um sorriso de orelha a orelha.

O fato é que só quem gosta de comer chocolate sabe como é duro ser chocoólatra. Mas é bom e gostoso… Demais. Nham.

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7 comentários:

  1. ...kkkkkkkkkkkkkkkkkk

    você não existe, IsaBELAAAAAAAA!

    já pensou uma cx de Suflair?

    afffffffff

    muahhhhhhhhhhhhhhhhh

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  2. Genteee!!!!
    Quanto pecado e cumplicidade espalhados por aí, aqui, na blogosfera... Irresistível, são poucos os que escapam de vício, mas conheço até um bom número de pessoas, qual será a proporção hem?
    Bjs!

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  3. Isabele,

    Que texto mais instigante... adorei!

    Beijo imenso, menina linda.

    Rebeca

    -

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  4. Fica encabulada não, fica não... isso é o nosso amor e sua literatura.

    Beijo imenso, menina do meu coração.

    Rebeca

    -

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  5. Rócio, pra mim esse vício não tem escapatória. Eu também não me esforço muito para resistir a essas tentações..rsrsrs

    bj bj!

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  6. Olá!!!
    Ahh...você não me pegou...rsrs
    Muito interessante seu texto, e diz como é fácil a gente trocar alguns prazeres...rs
    Prazer vir te visitar.

    Beijos!

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